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Into The Woods

INTO THE WOODS – WOOD & WINTER BEER WEEKEND

Neste fim-de-semana, dentre os dias 29 de Novembro e 1.º de Dezembro de 2018, aconteceu o evento Into The Woods (Wood & Winter Beer Weekend) no tap room da cervejaria Dois Corvos. Como o aposto já diz, um evento para celebrar a chegada do inverno com cervejas aconchegantes que passaram por madeira nalguma etapa de sua produção – segundo os organizadores, foram um total de 40 rótulos, sendo alguns lançamentos inéditos.

Infelizmente não participamos do Barrel Age Tour & Tasting na sala de barricas da cervejaria, contudo reservamos a noite de sábado para ir ao evento beber… lá nos deparamos com 16 faustosas amostras nas torneiras no bar. Formávamos um grupo com quatro amigos e a lógica matemática foi simples: cada um pegaria um copo para bebermos entre si e assim poderíamos experimentar todas as cervejas em quatro rodadas. Formidável! A madeira traz complexidade com notas oleaginosas, resinosas e rústicas inesperadas; nós somos apreciadores entusiastas e curiosos.

Mas para dar uma certa ordem nessa “promiscuidade” cervejeira de aromas e sabores, selecionamos os rótulos de cada rodada entre as cervejas com características mais afim:

1sᴛ Round – cervejas mais leves e carbonatadas

2ɴᴅ Round – cervejas com uma acidez vivaz ᴀᴋᴀ Sour

  • Ca’ del Brado Cuvée de Pesga, uma Belgian Fruit Beer com 7,8% vol. Uma cerveja com fermentação híbrida em barris com Saccharomyces cerevisiæ, Brettanomyces lambicus e bactérias com adição de pêssego.
  • Ca’ del Brado Piè Veloce Lambicus, uma Brett Ale com 7,4% vol. Fermentada com Brettanomyces lambicus e maturada por 2 meses em grandes barricas de vinho.
  • Dois Corvos Raspberry Jam, uma Barrel-aged Farmhouse Ale com 4,5% vol. Envelhecida por dois anos em barril de vinho com adição de framboesas e culturas de Brettanomyces bruxellensis e Lactobacillus.
  • Brouwerij Alvinne Cuvée Sofie, uma Flemish Sour Ale com 8% vol. Em princípio, uma Strong Pale Ale envelhecida em barrica de Bordeaux.

3ʀᴅ Round – cervejas com maltes tostados e que se beneficiam com a oxidação em barril

  • Brouwerij ’t Verzet Oud Bruin Vineyard (2018), uma Flanders Oud Bruin com 6% vol. Edição especial do estilo, envelhecida por um ano em barril de madeira e infusão de uvas.
  • Birra dell’Eremo Torba, uma Wood-aged Strong Beer com 9,2% vol. Na verdade um blend de uma Barleywine envelhecida por 12 meses em barril de carvalho-branco, no qual repousou uísque, com uma Barleywine maturada em inox.
  • Dois Corvos Into the Woods, uma Scotch Ale com 8% vol. Além do forte caráter maltado, essa Strong Scotch Ale ainda traz um toque de cevada defumada com madeira de faia. Indago aqui pela versão Barrel-aged Scotch Ale envelhecida em barricas de uísque não estar plugada.
  • Dois Corvos Death Grip, uma American Stout com 6,7% vol. Uma cerveja com notas tostadas de café, chocolate e um perfil lupulado.

4ᴛʜ Round – praticamente uma degustação horizontal de fortes tostados

  • Dois Corvos Murder Bourbon BA, uma Barrel-aged Imperial Stout com 11,2% vol. Uma cerveja com fortes notas tostadas de cacau e espresso, além da baunilha trazida pelo seu envelhecimento em barril de carvalho onde passou Bourbon.
  • Dois Corvos Finisterra Cognac BA, uma Barrel-aged Imperial Porter com 11% vol. Uma versão mais alcoólica da Finisterra standart, envelhecida por 17 meses em barril de conhaque.
  • BrewFist Spaghetti Western Grappa Barrel, uma Barrel-aged Imperial Stout com 11,1% vol. Uma cerveja com adição de aveia, café e cacau cuja edição fora um blend de lotes envelhecidos por 6 meses em barricas de graspa.
  • De Struise Brouwers Black Damnation ⅩⅩⅥ – Froggie, uma Imperial Stout com 13% vol. Esse rótulo pertence a uma série experimental; cujo em questão tem como base a cerveja Black Albert, uma Imperial Stout maturada em barril de Bordeaux. (ɴʙ: Por unanimidade, para nós foi o melhor rótulo da noite!)

É sempre válido ressaltar que ao longo da noite nos preocupamos também em beber bastante água. Hidratar-se e alimentar-se bem ajudam a equilibrar alguns excessos; mas particularmente, senti falta no cardápio da casa quitutes que harmonizassem com as cervejas ou mesmo competissem com a potência alcoólica de alguns rótulos expostos.

Contudo, o saldo final foi bastante positivo! (Obviamente não me referi ao saldo bancário). Saímos de lá mais desinibidos, sem vexames e ansiosos para em uma próxima oportunidade poder experimentar outras cervejas com tanta personalidade.


Resenha publicada originalmente no blog Beer in Lisbon em Dezembro de 2018.

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